17 de jun. de 2009

Sei não...

Sempre que estou vindo de volta para casa eu percebo cada coisa ao meu redor como
se fossem sensações armazenadas em um lugar distante dos nossos olhos e no nosso
interior. Brincamos e rimos o dia inteiro, mas quando paramos para raciocinar nossos defeitos
e juizo percebemos o quanto somos normais. Como todo mundo! Problemáticos,
com caminhos tortuosos e reclamamos sempre e a vida não é só isso. Quero dizer que fracasso
é ter a oportunidade de ser o que sempre sonhou e jogá-la fora por temor, fracasso é fechar
seus olhos para quem você realmente é. Li, certa vez, que quando amamos questionamos muito
e então descobri que amo tudo. Meus anseios são líquidos como água corrente, despencam
de cachoeiras e gritam a si mesmas como revolta ou amor. São águas que vão e não voltam mais.
Quando volto à realidade percebo que as pessoas ao meu redor me observam curiosamente,
como se minha mente fosse arrebatada em um momento de intensa absorção, me prendo
a tudo em meu mundo mágico onde os ponteiros parecem girar, jamais deixam de trabalhar
e meus davaneios não cessam, morrerão comigo. Sei que tudo isso me dá vida. Não posso
me avistar ao longe como um fracassado, como um ponto inestinguível ou como um grão de areia,
nem consigo me ver assim, ninguém deveria se ver assim.
Sempre que entro na rua de minha casa tudo parece se desvanecer, nada parece caminhar e meus
sonhos já vão se colocando em seus lugares, como se vivessem quando estou em mim e não
no mundo.


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